SEGUINDO A VIDA...

PEDINDO licença ao mestre faço minhas suas sábias palavras, para explicar por quais caminhos este blog segue;
Mesmo com toda a fama, com toda a brahma /Com toda a cama, com toda a lama /Mesmo com o nada feito, com a sala escura /Com um nó no peito, com a cara dura /Não tem mais jeito, a gente não tem cura /Mesmo com o todavia, com todo dia /Com todo ia, todo não ia /Mesmo com toda cédula, com toda célula /Com toda súmula, com toda sílaba /A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai dourando essa pílula !
vamos levando essa vida...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Para quem ficou curioso: Pagliacci

Pagliacci é uma ópera de Ruggero Leoncavallo representada pela primeira vez no Teatro dal Verme de Milão, em 21 de maio de 1892 com direção de Arturo Toscanini.
Ato I
Os aldeões correm para a praça para receber os atores. Eles estão especialmente felizes em ver seu velho amigo Pagliaccio (Canio), o engraçado palhaço que sempre os faz rir quando anda com dificuldade ao redor do palco. Canio anuncia uma apresentação para as onze horas daquela noite, e promete-lhes sua comédia favorita. "Vocês verão como Pagliaccio comete tolices e se vinga," ele diz, "bem como o medo e o tremor de Tonio quando o enredo se complica."
Tonio tenta ajudar Nedda a descer de sua carruagem, mas Canio empurra-o violentamente. A multidão ri enquanto Tonio jura que ele se vingará desse insulto. Alguns dos homens da aldeia convidam os atores para a taberna local para uma bebida. Canio e Beppe aceitam, mas Tonio recusa. Um dos aldeões provoca Canio, dizendo que Tonio somente quer ficar para trás para namorar com Nedda. Canio não está se divertindo:
O que acontece em cima do palco e o que acontece na vida real são duas coisas diferentes. No palco, se o velho Pagliaccio encontra sua esposa com outro homem, ele censura-os e até mesmo apanha para o aplauso da multidão. Mas se na vida real Nedda o traísse, o final da história não seria feliz!
Quando os sinos da igreja tocam para as preces do entardecer, Canio, Beppe e os aldeões se dirigem para a taberna. "… sua vingança," ele diz, "bem como o medo e o tremor de Tonio quando o enredo se complica."
Nedda, deixada sozinha, admite que ela está assustada com seu marido; ela sente que ele pode perceber sua inquietação. Ela deseja uma vida diferente e, olhando para cima, para o céu onde os pássaros levantam vôo, ela canta para si mesma sobre a liberdade e alegria deles.
Tonio interrompe-a com uma apaixonada declaração de amor, implorando-lhe para não levar em conta seu corpo deformado. "Eu te amo!" ele diz, "você é meu único desejo e estou determinado a tê-la!" Ela zomba dele e ele tenta forçá-la a beijá-lo. Ela agarra um chicote e bate, atingindo-o no rosto. Ele recua e jura vingar-se.
Um momento mais tarde Silvio aparece, assegurando a Nedda que Canio está na taberna e eles estão a salvo. Ele lhe suplica para abandonar sua vida infeliz e ir embora com ele nessa mesma noite. Ela está incerta, mas diz que o ama. Tonio tinha voltado silenciosamente, e ouvindo os dois amantes por acaso, corre para contar a Canio.
Assim que Nedda e Silvio concordam em fugir juntos à meia-noite, Tonio e Canio retornam. Silvio escapa e Canio segue em perseguição. Enquanto Canio procura o amante de Nedda na escuridão, Nedda, com um tom sarcástico, congratula Tonio por revelar e segredo dela. Canio retorna, sem fôlego e num ataque de ciúmes, ele diz a Nedda que irá cortar sua garganta, mas que primeiro quer saber o nome do amante dela. "Ameaças não me assustam", diz ela. "Eu não revelarei nunca o nome dele!" Canio se joga sobre ela com a faca em punho. Beppe chega em tempo para segurá-lo. Tonio puxa Canio para longe, prometendo que o amante de Nedda irá retornar. Beppe pede a todos para que se vistam. É chegada a hora do espetáculo.
Canio está confuso e exausto:
Representar?! Enquanto eu estou tão delirante que não sei o que estou fazendo (Ele se olha no espelho de sua penteadeira.) Você pensa que é um homem? Você não é nada além de um palhaço!
Coloca sua fantasia e maquia seu rosto. O povo paga para rir, assim se Arlecchino rouba sua Columbina, só risos, palhaço — e todo mundo aplaudirá. Transforme a sua agonia e sofrimento em piadas, transforme as suas lágrimas e mágoas em um rosto engraçado! Ria, palhaço, de seu amor arruinado! Ria da dor que está envenenando seu coração!
Ele entra no teatro chorando, enquanto a cortinaAto II
Tonio entra com seu grande tambor enquanto as pessoas chegam para a peça. Quando Tonio convida para o início do show, os aldeões disputam seus assentos. Silvio entra silenciosamente e Nedda avisa-o para ser cuidadoso. O show começa.
Columbina, representada por Nedda, está sentada à mesa. Ela conta ao público que seu marido, Pagliaccio (Canio), está fora. Enquanto ela espera que a galinha assada seja servida para o jantar, faz sinal para seu amante, Arlecchino (Beppe), entrar. Em seguida, seu criado, Taddeo (Tonio), declara seu amor. Ela o menospreza e pede seu jantar. Quando Arlecchino entra para cortejar Columbina, Taddeo inesperadamente abençoa o casal. Quando os amantes preparam-se para jantar, Pagliaccio volta para casa. Arlecchino escapa pela janela, enquanto Columbina lhe diz "até a noite", as mesmas palavras que Nedda havia dito a Silvio mais cedo ao anoitecer. Canio está tremendo com essa situação paralela; tentando falar através do personagem, ele acusa Columbina de estar sendo infiel.
Enquanto o confronto da "peça" entre Pagliaccio e Columbina continua, Canio começa a sair de seu papel e passa para a vida real. Tonio, nos bastidores, empurra Canio para a beira, com comentários sarcásticos. Canio pede para saber o nome do amante de Nedda. Quando ele responde em sua personagem de Columbina, ele grita, "Não! Eu não sou um palhaço! Eu sou o louco que a encontrou morrendo de fome nas ruas e deu-lhe meu nome e meu amor!"
O público fica um pouco confuso, mas cativado pela intensidade da representação grita "Bravo!". Eles não têm ideia de que o que acontece no palco neste momento é perigosamente real. Somente Sílvio, no público, está preocupado. Mas Nedda recusa-se decididamente a revelar o nome de seu amante, apesar do interrogatório histérico de Canio. Subitamente Canio saca de uma faca e corre atrás de Nedda, que tenta correr para a multidão. Ele a agarra e a apunhala. Ela grita por ajuda, chamando o nome de Sílvio, que, correndo na defesa dela, também é apunhalado. Enquanto a multidão recua horrorizada, o enlouquecido e exausto Canio fala "A comédia acabou!", encerrando o espetáculo, a cortina desce lentamente.