SEGUINDO A VIDA...

PEDINDO licença ao mestre faço minhas suas sábias palavras, para explicar por quais caminhos este blog segue;
Mesmo com toda a fama, com toda a brahma /Com toda a cama, com toda a lama /Mesmo com o nada feito, com a sala escura /Com um nó no peito, com a cara dura /Não tem mais jeito, a gente não tem cura /Mesmo com o todavia, com todo dia /Com todo ia, todo não ia /Mesmo com toda cédula, com toda célula /Com toda súmula, com toda sílaba /A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai dourando essa pílula !
vamos levando essa vida...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

MINHA SANTA MARIA DA BOCA DO MONTE

 Estou reeditando está postagem antiga, onde eu apresentava a vocês meus amigos do Blog, como era minha cidade... Infelizmente hoje ela é conhecida e reconhecida mundialmente...

Santa Maria coração do Rio Grande do Sul...
E é daqui que escrevo, que vivo e respiro... Parte do que sou devo a esta terra, as pessoas com as quais convivo... Ou não... Esta é minha casa, meu lar... Pode não ser a melhor ou a mais bonita, mas é meu cantinho... Onde vamos combinar... Vivo nos extremos da temperatura... Já dizem alguns Santa Maria é a cidade mais quente sem ter praia e mais fria sem ter neve... Acreditem o inverno é como se você estivesse no frigorifico e no verão ... É uma sauna ao ar livre... Parte disso se deve  ao fato de estarmos cercados por morros, lembro de que quando eu era criança, meu tio só para me aborrecer, dizia que a cidade havia sido construída no interior de um vulcão... E que criança de 6 anos não acreditaria nisso olhando para a esquerda, direita, frente, atrás e só vendo... Morros... Minha preocupação até entrar na escola e aprender sobre a geografia da região era a de que como iriamos escapar quando o vulcão entrasse em erupção...
Santa Maria surge a partir das Guerras Guaraníticas do século XVIII, quando aqui foi estabelecido um acampamento militar... Mas o que gostamos mesmo é da versão lendária...
LENDA DE IMENBUÌ
Conta a lenda que na tribo dos Minuanos, um dos grupos indígenas habitantes nas margens do riacho Itaimbé, lá morava  Imembuí, uma índia muito bonita, de tez clara, cabelos longos e olhos muito negros. Seu nome significa a salva das águas, pois ela nasceu quando sua mãe, a índia Yboquitã, banhava-se nas águas do arroio. Era uma jovem muito querida e admirada por todos de sua tribo e despertava interesse dos jovens índios das tribos vizinhas. Acangatu, um jovem índio da tribo dos Tapes, que habitavam a outra margem do arroio Itaitmbé, apaixonou-se por Imembuí, e para testemunhar seu amor e sua coragem, todos os dias, trazia-lhe uma caça como presente. Porém, a jovem índia tinha por ele somente uma afeição de irmã. Certo dia, encheu-se de coragem e disse a Acangatu o que sentia por ele. O índio, decepcionado, ferido em seu amor próprio, embrenhou-se na floresta e ninguém mais o viu na aldeia. Nessa época, um grupo de bandeirantes que regressava da Colônia do Sacramento, provavelmente, na segunda metade do século XVII, onde haviam ido levar provisões para a Guarnição Portuguesa, avistou a aldeia dos Minuanos e julgaram eles presa fácil, pois só avistaram de longe, uma manada de cavalos, pacificamente pastando. Os bandeirantes costumavam apreender índios, escravizá-los e levá-los para São Paulo, a fim de trabalharem nas lavouras. De longe, viram apenas uma cavalhada tranqüila. E atacaram a aldeia. Entretanto, surpreendente engano: em cada cavalo, um guerreiro escondia-se no flanco oculto da montaria. Os minuanos, avisados por seu vigia, do perigo que se avizinhava, em violenta carga dizimaram os atacantes. Os que não foram mortos, fugiram ou foram feitos prisioneiros. O bandeirante português, Rodrigo, que estava entre os prisioneiros, foi também condenado à morte. O prisioneiro tocava uma música dolente no seu violão e cantava a saudade de sua terra e o destino triste que o levava a um doloroso fim. Era um moço simpático e valente. Imembui, ouvindo seu canto e admirando aquele rosto bonito, comoveu-se e sempre se aproximava dele para ouvi-lo cantar. Seu coração jovem e sensível apaixonou-se por Rodrigo, e sabendo do destino cruel que o aguardava, foi suplicar a seu pai, o Cacique Apacani, para que o poupasse da dura sorte.
Este, que não negava nem um pedido de sua filha, atendeu-a, tendo Rodrigo passado a viver com os índios. Foi realizado o casamento de Imembuí e Rodrigo, emgrandes festas, de acordo com o ritual indígena. A partir daí, Rodrigo passou a chamar-se Morotin. Casaram-se mais tarde nas Missões, onde também foi batizado o filho deles José. O indiozinho José tornou-se um jovem forte e corajoso, e começou afastar-se de casa, exercitando-se como caçador. Sua mãe sempre o recomendava para que tomasse cuidado, pois, como ele ainda era um menino, poderia ser uma presa fácil a alguma fera faminta. Um dia, José embrenhou-se na mata para caçar e se perdeu. Não conseguiu encontrar o caminho de volta. Seus pais procuraram-no por toda a parte em vão. O menino havia desaparecido. Talvez um animal o tivesse ferido, ou uma cobra venenosa o tivesse picado. Imembuí muito chorou e desaparecimento do filho. José, perdendo o caminho de casa, foi andando, andando pela mata, até que anoiteceu. Aconchegou-se no oco de uma árvore, abrigando-se do frio e das feras e aí passou a noite. E no dia seguinte, continuou a andar. Muito andou, até que chegou às margens de um grande rio, encontrando uma choupana, habitada por um índio que o acolheu. Conversando com o índio, José contou-lhe sua história. O homem, comovido, dispôs-se a ajudá-lo, conduzindo José até a sua aldeia. José, considerado perdido, teve um retorno alegremente comemorado por toda a sua aldeia.. Imembuí e Morotin, agradecidos ao homem que encontrara o seu filho, convidaram-no a participar da alegria de toda a tribo. Reconheceram nesse homem, o índio Acangatu que já havia se curado de sua paixão por Imembuí. De acordo com essa lenda, Santa Maria teve sua origem no amor que uniu uma índia com um branco, nas margens do Arroio Itaimbé, que hoje corre canalizado sob o calçamento do Parque Itaimbé nesta cidade.
Talvez a lenda ajude a explicar o por que Santa Maria tenha tantos “estrangeiros” é mais fácil voce encontrar um santamriense não nascido na cidade, do que nativos propriamente ditos, quem nasce aqui vai embora ( volta sempre é claro...) e quem fica vem de outros lugares, do Brasil e de fora tambem...
Santa Maria é chamada coração do Rio Grande do Sul, por ficar exatamente onde deveria ser um coração.
Santa Maria possui a 2ª Guarnição Militar do País (em 2011 está prestes a se tornar a maior do Brasil).
Cidade Universitária, para onde vem jovens de todos os lugares tentar o sonho de uma faculdade particular ou federal...
E por falar nisso é aqui a primeira universidade federal do interior do Brasil a UFSM, fundada em 1960.
Durante muitos anos foi o principal entroncamento ferroviário do estado, o que muito contribuiu para o desenvolvimento da cidade...

E agora que tal um pouquinho da minha terra?....
bairro campestre do menino Deus e sua vista...

Catedral Diocesana...

interior da catedral (Aldo Locatelli - pintura)

Bairro Camobi visto do alto

Rodoviária vista de cima

centro, rua do Acampamento, onde tudo começou

 
escola de Ensino Médio Manoel Ribas o Maneco ( eu estudei aqui!)

Amanhece em Santa Maria
Parque Itaimbé a noite

A famosa garaganta do Diabo, para chegar em Itaara tem que passar por aqui...

Clube Caixeral santamariense

Estação ferroviária totalmente abandonada, eu moro bem pertinho, quando iamos viajar de trem, iamos a pé, dava uns 5 minutos da minha casa até a estação.

A noite Santamariense

O coreto da praça Saldanha Marinho

Para onde se olha se vê os morros cercando a cidade...



O chafariz da praça...

A estação ferroviária, atualmente virou um espaço de manifestações populares...

Nossa 1a. Maria fumaça...

vem onde o trem serpenteia? ( ondula?),´pois bem depois daquelas árvores é minha casa.... Se voces pensaram... E o barulho? Sim por que é bem nesse ponto que eles fazem suas manobras... Já me acostumei com o barulho do engate e desengate dos trens, afinal tenho sangue ferroviário nas veias, meu avô era foguista, um verdadeiro ferrinho, como dizzemos aqui para nos referirmos carinhosamente aos ferroviários ... mas vou combinar... Na hora da manobra é bem dificil assistir tv...

Basílica de Nossa Senhora Medianeira, padroeira do Estado do rio Grande do Sul, em 2011 estima-se que mais de 300 mil pessoas vieram para a Romária no segundo domingo de novembro ( 300 mil é mais que a apopulação da cidade)

Avenida das Dores

Parque Itaimbé

Vila Belga, primeiro conjunto habitacional operário, construido para alojar os trabalhadores que vieram da Bélgica construir a ferrovia.

Teatro 13 de Maio, ainda vou assisitir o Divo aqui...

Arco de entrada da UFSM ( Universidade Federal de Santa Maria), onde fiz meu curso de História e onde iniciei o de Filosofia, mas ainda não conclui... Me aguarde que eu volto... Aqui tambem fica o Husm ( hospital Universitário) onde minha mãe trabalha a 29  anos...


Chegando ao Bairro Itararé onde eu moro desde meus 4 anos de idade...





Este é um pedacinho da minha cidade, da minha casa, meu lar....