Confesso que eu e meus botõezinhos estamos aqui tramando um jeito de pegar carona, numa cauda de cometa ou em alguma das bagagens e voar junto com a corte rumo a Seráfia... Fico aqui me perguntando se por acaso Maria Cesária não vai precisar de uma dama de companhia para atender suas necessidades? (já imaginaram eu dama da rainha... Show), ou quem sabe o próprio rei ? Estamos aí para o que der vier quem sabe a biblioteca real precise de alguém ? Ou os futuros filhos do casal podem precisar de uma preceptora ( acho chique!), estou à disposição é só avisar que pego o primeiro zepelim que aparecer... O que não posso é perder o desenrolar dessa história...
Mas enquanto o rei não me convoca para servir-lhe, vou ficando aqui por Brogodó mesmo... e vamos combinar né gente ? Tédio é um conceito desconhecido pelos moradores destas cercanias...
Aos trabalhos...
Tem coisas que me aborrecem muito, que me causam profundo desgosto e pelo que ando lendo por aí, não sou apenas euzinha que está insatisfeita com determinados acontecimentos... Um dos maiores elogios , em voz quase unanime sobre Cordel era o fato de poder reunir a família para assistir a novela sem correr o risco de ficar constrangido em frente a TV... Talvez eu é que esteja sendo muito moralista, mas de uns tempos para cá tenho me sentido bem constrangida com o triangulo Petrus-Florinda _Zenóbio, e nem estou falando da noite que os dois primeiros passaram juntos, tecnicamente foi bem cuidada e de bom gosto, o meu constrangimento é pela situação em si ( a famosa vergonha alheia). As cenas tem sido desagradáveis, incomodas, tanto que em uma de minhas confabulações com Paty, concluímos que já começa a surgir uma certa implicância com os personagens, o que é um perigo, vocês sabem como fico quando implico com alguém, me torno Lili, A Impiedosa (He he).
Vejam bem o irmão caçula de meu adorado, salve, salve e idolatrado rei se apaixonar: OK! Ele lutar por sua felicidade...OK! (embora confesso que tinha esperanças de que tudo não passasse de um homem confuso misturando gratidão com algo mais!), ela ficar encantada, consternada com Petrus: OK! Eu mesma fiquei muito comovida com sua história de sofrimento: casado com a Úrsula (o que já é um castigo!), vinte anos preso nas masmorras, com uma mascara de ferro... Ufa ... Fiquei louca de vontade de dar colo para o pobre...
O que não fica tudo bem é a forma como os dois personagens tem lidado com a situação ( e o Zenóbio também)... De uma maneira egoísta, inconsequente, sem pesar os resultados de suas ações para as outras pessoas envolvidas na situação, totalmente cegados por sua paixão (A paixão - do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situação dificil - é uma emoção de ampliação quase patológica. O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde parcialmente a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio) para muitos por tanto paixão é quase uma doença, uma doença que age sobre sua razão, seu discernimento, o priva da visão além de seu proprio mundo e desejos... Assim estão Florinda e Petrus cegos, surdos... Florinda não pensa nos filhos, não pensa nos anos de casamento ( alguem vai dizer mas ela chorou no outro dia... sim no outro dia, deveria ter chorado antes)... mas como ela mesma disse... Está confusa...e para resolver sua confusão opta pelo caminho mais fácil, se render ao equivoco ( me acusem do que quiserem mas se ela está confusa passar a noite com o outro não vai resolver seus problemas, muito pelo contrário), mas o pior de tudo mesmo é Zenóbio, aceitando a atitude de sua esposa... como assim? Querer manter sua dignidade : OK, não apelar para a violencia, lavando sua honra com sangue...OK! Mas peraí! Tudo tem limite, ao inves de me compadecer com a atitude dele, fico é envergonhada...valorize-se meu querido, amor proprio antes de qualquer coisa... me irrita sua pacividade, sua vitimização...sua esposa não esta em duvida quanto a cor da parede da cozinha, ela esta em duvida quanto ao amor de voces, um amor de vinte anos. Reaja homem de Deus!


E por isso que vou me embora para Seráfia...
E o que falar do duque Petrus... Meu rei aconselhou a ser cuidadoso, a pensar em suas atitudes e nas consequencias delas, nas pessoas envolvidas... adiantou?... Não! Na primeira oportunidade tava lá ele... mas o que dizer de sua postura quando anuncia que ficara no Brasil ? Ali havia um que de arrogancia, de superioridade como se ele estivesse certo de cuspir na mão que lhe foi estendida no pior momento de sua vida, e o errado fosse o manso (desculpem!) do Zenóbio. Percebam que minha implicancia começa a se manifestar, ja começo a olhar torto para o duque, Florinda sempre olhei torto e me causa desgosto o seu Zenóbio...
Mas chega disso!... Embora venha mais degosto...
Casal coiso... Affffff ... Herculanetes que me perdoem mas não dá, um homem talhado na luta contra as injustiças, contra os perversos, que combate os abusos dos poderosos (assim ele diz) totalmente rendido aos pés de uma das piores pessoas que ja cruzou no caminho dele, Ursula é simplesmente perversa, não conhece limites para atingir seus objetivos, que não sao nada nobres, entretatnto lá esta ele aos pes da malvada. Realmente a paixão é uma doença... Deus me livre da paixao que cega que me faz trair minhas crenças e valores.
Esse é outro que mesmo a cangaceira véia falando é como se a coitada estivesse falando com as paredes. D. Candida disse tudo o que ja venho dizendo a algum tempo e vou continuar dizendo eternamente. _” Por que tu não manda essa peste embora logo, lá para as terra dela, pra ser julgada conforme as leis de lá...” _”... Eu não entendo Herculano como tú um homem que luta pela justiça, se apaixona por uma dona que só semeia miséria... Ou tu vai perdoar os maleficios que ela fez, que ela matou a rainha, que ela quis matar a Açucena ainda criança de colo...” Pois é cangaceira mainha... O que mais podemos dizer?...


Um pouquinho mais de desgosto... Ternurinha e zoio_furado, tá certo que Patacio pelo visto não é santo, já deu seus pulinhos, mas o nvolvimento de ternurinha com o cangaceiro traidor vai além da crise do casal. Cegada pela sua paixão, ela vai liberta-lo, por causa de seu fogo, veremos mais uma vez o grupo do mal perturbando ... Lá vem mais vilanias e mais loucuras de Timóteo, espero que ela aguente bem o tranco de ser responsavel por mais esta virada...

Nem vou falar de Dora, o caso dela nem é de paixão... é teimosia mesmo, encasquetou que ama o Jesuino, e nem desenhando ela ve o que todo mundo ja sabe... mas parece que em breve finalmente el a vera a luz... UFA...

E por essas e outras que eu digo e afirmo vou me embora para Seráfia, lá sou amiga do rei...
Mas nem só de degosto vive nossa novela, tambem tem coisas de que gosto muito...
Batoré e Helena. Por mais bizarro ... bizarro e improvável que esse casal possa parecer, eu criei uma grande simpatia por eles e já esta entre os meus preferidos... que delicinha acompanhar o inicio dessa relação.

Há alguns dias no TT perguntei as meninas se era muito estranho ter simpatia pelo peruquentos? Sei lá... Desde o inicio sempre tive uma certa simpatia por ele, apesar dos pesares, ele sempre me despertou compaixão, tinha dó dele e de sua covardia, seus maus atos foram ditados pelo medo e não por maldade, para esse covardão sempre foi mais facil se esconder... sua paixão (outra doença) por Antonha me comovia...


E agora estou feliz por sua mudança, por sua cura, e percebam que livre de sua paixão doentia, ele parece outro homem, mais feliz, mais leve e até corajoso... Adoro ve-lo interagindo com Nidinho, sua atitude em querer assumir o menino se ele for mesmo seu filho... E acho FOFO seu flerte com Rainha Helena! Delicinha ver os dois reconstruindo suas vidas, mais do que isso construindo uma relação baseada no respeito e na admiração, uma amizade que pode sim virar AMOR! Não paixão...
E Seráfia me espera...
Estou na fase de recordar...de relembrar... recordo o primeiro encontro do casal, fiquei encantada com a possibilidade, meus botõezinhos do contra diziam: _” Bem capaz!”, mas eu insisti quis ver onde ia parar. Disse para mim mesma:_”Opa! Ai tem coisa!” e como teve...
Lembro ainda da época em que nos perguntavamos se Cesaria iria ou não para Seráfia? Se iria ou não virar rainha?


Lembro dos convites do rei para que ela partisse junto com ele e do povo em coro dizendo: Vai sim, vai , vai...e eu dizendo: Se ela não for... eu vou...
Dos momentos de tensão, dos surtos psicóticos ( meus principalmente), dos medos, incertezas... dos rompimentos que nos nocautevam ... Do nosso maior pesadelo a formação do triangulo terrivel que ameeaçava nosso conto de fadas... Já estava preparando meus dentes para cortar meus pulsos com ele caso raolasse um beijo entre Maria Cesaria e o coiso... Ufa que susto... Foi só uma pegadinha...
Mas a augustia passou, Cesaria esta em Serafia, pronta para virar rainha... To mais tranquila que vaca na India, ocorra o que ocorrer sei de fonte segura que esse nosso amado casal tera seu final feliz com direito a casamento...
Da gosto ver nosso casal revelando ao mundo seu amor, nao precisam mais esconder o que sentem, quanta ternura, quanta felicidade expressa em seus sorrisos e olhares, nas mãos entrelaçadas, no afeto de sua cumplicidade.
Dá gosto de ver nossa menina em seus trajes novos, linda perfeita, uma verdadeira rainha. Toda dourada...
Eis um sonho que toma forma de realidade, no pedido de casamento, na afirmação do compromisso de meu rei com sua amada (gente lembrei agora ... De um comentario feito aqui no meu próprio Blog , que dizia que Augusto só queria dar uns beijos na empregada escondido de todos... HÀ... Pois aí esta. Tomou papuda ou papudo, ou quer mais? ). Eita como um heroi meu rei enfrenta o dragão Damião ( ja dizem por aí toda donzela tem um pai que é uma fera). Pena que este dragao nao possa ver ( nao falo de seus olho, mas de seu coração) para que possa ver a felicidade da filha e o amor de meu rei.
Isso me lembra meu DEUS: Chico
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
(João e Maria)
Outra coisa que da gosto de ver é Patacio e sua tragicomedia pessoal: filha cangaceira, esposa sumida, gerador em curto e sem nenhum discursinho...





Mas apesar de tudo ainda quero ir embora para Seráfia...
Ver Timóteo puxando lindo cachos do meu rei....

Vou me embora para Seráfia...
Dora rastejando para Jesuíno...

Vou me embora para Seráfia...
Ternurinha libertando o zóio furado...
Vou me embora para Seráfia...
Petrus fica...humpf
Vou me embora para Seráfia...
Rainha Helena fica... Acho fofo!
E o dia da partida chega... as despedidas mesmo que breves são sempre doloridas...
Felipe e Dora...alguem por favor desenhe para que esses dois entendam... ( esse comentario é para a Andressa Laste...nossa que mais eles precisam ele ja disse duas vezes que se apaixonaria por ela...Apaixonaria ? ele ja está e ela tambem).


Cesária linda e divina, colocando meu rei na linha, Jesuino surge para se despedir de Çuçu...
E lá vai o zepelin encantando. Levando com ele sonhos e esperanças, amores e incertezas...
Para quem fica saudades, para quem parte um novo mundo...
Vou me embora para Seráfia....
Peço desculpas a Manuel Bandeira, pela brincadeira, mas irresistivel...
E para quem ficou curioso os versos originais...
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada – Manuel Bandeira.
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.