SEGUINDO A VIDA...

PEDINDO licença ao mestre faço minhas suas sábias palavras, para explicar por quais caminhos este blog segue;
Mesmo com toda a fama, com toda a brahma /Com toda a cama, com toda a lama /Mesmo com o nada feito, com a sala escura /Com um nó no peito, com a cara dura /Não tem mais jeito, a gente não tem cura /Mesmo com o todavia, com todo dia /Com todo ia, todo não ia /Mesmo com toda cédula, com toda célula /Com toda súmula, com toda sílaba /A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai dourando essa pílula !
vamos levando essa vida...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

EU ODEIO ESSE REI...

Calma gente essa frase não é minha, mas não é mesmo... Mas a pessoa que a escreveu me fez ficar aqui num longo debate com meus fiéis botõezinhos... Juntou-se a fome com a vontade de comer... Papillon havia sugerido algo nesse sentido ( não de ódio ao rei, mas de que eu escrevesse o por que este nosso amado rei nos encanta dessa forma e aí eis que surge essa pessoa na contra mão do que eu estava me preparando para fazer...) e eu confesso que depois de todos esses meses, me faltou o que dizer... Deve ser a crise da reta final... Eis que dando minha passada pelo facebook, encontro essa pessoa, na verdade varias outras, mas essa simples frase foi a que mais me deixou chocada, foi uma punhalada no coração... Literalmente perdi  o rebolado e me pus a pensar...

Eu tenho uma teoria, vejam bem  é um direito de qualquer pessoa desgostar de algo ou alguém, ter seus preferidos então nem se fala, o que seria do laranja, senão houvesse o verde limão? Eu como boa e ferrenha defensora do que é diferente, entendo e respeito, afinal um mundo em que todos gostassem da mesma coisa, seria um mundo chato,um verdadeiro tédio... Um bando de ovelhinha branca pastando e morrendo de tédio, a ausência completa de se descobrir e aprender cada vez mais. Isso me dá calafrios.

O que me deixou em choque, e sempre me deixa é o uso da palavra ódio... É uma palavra muito forte e pesada demais, até mesmo para a ficção... Eu desgosto de tantos personagens, ô se desgosto, mas não sinto ódio, discordo de suas posturas, mas não os odeio, nem mesmo os vilões,afinal não fossem os vilões,o que seriam dos heróis e dos mocinhos...

Nas minhas teorizações,nos meus diálogos com  os botõezinhos, eu cheguei a uma conclusão, quem muito odeia algo é por que no fundo gostaria de ter aquilo para si, como não pode ter, ou ser o que odeia, passa para o ataque, para a agressão. Pois O ódio é um sentimento intenso de raiva. Traduz-se na forma de antipatia, aversão, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objetivo.

Por que tanta raiva e antipatia? Essa total aversão? Desgosto? Rancor?
Ok,  a insistencia de nosso rei em casar a Açucena com Felipe é algo que ultrapassa nossa paciencia. Mas não fosse o acordo de paz, ela poderia se casar e ser feliz até com um cactos, eu ja falei tanto disso, mas tem pessoas que nao dão o braço a torcer e nao aditmitem sua má vontade. Só mesmo quem nao conhece ( e rezo para nunca termos que passar por isso) o que é uma guerra para não perceber o desejo de nosso rei por paz  ...Alguem pode até argumentar que o atual estado de violencia no pais se assemelha  a uma guerra...OK,  pode até se assemelhar, mas não é... A violencia por mais endemica que seja, é isolada e atinge grupos especificos, a guerra envolve a todos indistintamente, a violencia ocorre com seu vizinho, a guerra acontece com seu vizinho e voce, não há como passar incolume por uma guerra... ela desperta o que há de pior no genero humano... Na guerra não há inocentes, não há heróis... só mesmo quem passapor uma guerra, como Augusto passou sabe o quanto a paz é importante mesmo que para isso tenha que impedir um amor de infancia.
Fora isso qual teria sido seu outro grande erro?... Seu pecado mortal? O grande crime que cometeu para merecer tanta raiva?  olhando a foto dapessoa que fez este comentário me vem a mente outra vez a teoria do quem odeia muito... talvez o seu ódio e a sua repulsa venha do fato de que essa pessoa não terá a chance de encontrar perdido numa cozinha um rei,alto,moreno, de olhos verdes, europeu, culto, elegante, gentil, que vá beijar sua mão e se colocar literalmente aos seus pés... por isso a raiva... por que ela e não eu?

Ja que nao posso ter,  eu destruo, eu menosprezo, eu aniquilo... desmerecer quilo que nao se pode ter é uma atitude tipicamente humana e infantil, é como se dissese eu não queria mesmo brincar, essa brincadeira é muito chata, eu nem gosto,prefiro a outra...
Pensem nisso: Tanto quanto o amor, o ódio nasce de representações e desejos conscientes e inconscientes, os quais refletem mais ou menos o narcisismo fisiológico que nos faz pensar sermos muito especiais.

E aqui eu faço outra confissão, sabem por que eu pego tanto no pé da Açucena?.... por que no fundo eu adoro dar um chilique (hehehe), sabem por que eu pego no pé do coisop? Por que morro de medo de me apaixonar loucamente  e renegar tudo o que acredito...  
Essa pessoa deve odiar tanto assim o rei por que no fundo o que ela mais queria era um rei, coisa que ela nao adimite nem para si mesma...

Assim como o amor, só odiamos aquilo que nos for muito importante. Não há necessidade de ser-nos muito importantes as coisas pelas quais experimentamos Raiva, entretanto, para odiar é preciso valorizar o objeto odiado. Se nosso rei não fosse importante, nao mexesse com sentimentos escondidos,com desejos nao confessados, ele lhe seria indiferente...
O romance de  nosso casal seria, apenas mais um dentro da ficção, nao precisaria perder seu tempo indo para a internet fazercampnha contra...

“Se você odeia alguém, é porque odeia alguma coisa nele que faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos perturba.”

Pronto desabafei...
Mas por outro lado temos pessoas que estão apaixonadas por esse rei, que fez renascer em muitas o desejo de encontrar um príncipe (ops estamos evoluindo, príncipe ficou para nossas avós o negócio agora é rei mesmo...)encantado, e a pergunta é Por quê?.

O que tem esse rei de tão especial que mexe  com nossas fantasias românticas?
Seria o lindo sorriso, aberto, franco que ilumina tudo a sua volta?


Seriam seus olhos que espelham o que sente,que sem vergonha nenhuma se permite marejar quando sofre, que se permite chorar pela emoção do  momento?

Ninguém ( alguns e algumas sim, tudo bem...) nega sua beleza, lindo de viver, ô lá em casa dava casa comida e um milhão por mês facinho, nem faria uso de seus atributos, só ficaria olhando...ou não...mas é mais do que sua beleza física, é sua beleza de alma, sua nobreza de espírito,e não me refiro a coroa...
Me refiro a sua gentileza para com tudo e todos, sua serenidade sua elegância. O fato de tratar a todos com a mesma deferência, seja governantes ou governados, sua delicadeza em não expor aos outros, o quanto estão sendo ridículos ( Patacio que o diga, pois o rei é sempre atencioso com suas maluquices por mais  bizarras que sejam, sempre o ouve como se fosse a coisa mais importante do mundo).

Com as crianças então, sempre atencioso e delicado, as ouve, as prestigia...
Mas confesso que o que realmente me nocauteia é sua relação com Maria Cesária. Depois de vinte anos de solidão, acreditando que seu coração estava fechado para o amor, eis que é surpreendido por uma atração inesperada,por uma moça inesperada...Em um momento inesperado... Uma surpresa do destino,um presente não aguardado, uma nova chance de ser feliz.

O seu oposto que o complementa, uma menina simples que lhe ensinará a amar outra vez, que lhe dará a oportunidade de se reavaliar, de repensar seus sentimentos, de ir além das convenções...
Em um primeiro momento ele fica assustado, sente medo dos sentimentos, é um homem peso as convenções, aos cerimoniais, as obrigações com seu povo, que é seu coração...

Embora sua cabeça rejeite a possibilidade, seu coração esta rendido, este homem solitário, volta a ser um jovenzinho apaixonado, que vibra com a possibilidade de apenas rever sua  paixão, que se encanta com a simplicidade, que encontra a felicidade sempre que pode estar com seu bem...
As obrigações e compromissos pesam, mas a hipótese de deixar esse novo sentimento para trás pesa mais ainda...

Seu coração sofre com a possível separação, sua cabeça sabe das dificuldades... Das diferenças que os separam... Mas o coração. Ah o coração... Para ele as diferenças foram feitas para serem somadas,os mundos foram construídos para serem unidos...
Ele não aceita que não possa dar certo, ele quer que de certo. Nesse caminho de aprendizagem comete erros, a cada novo erro um exercício de humildade para esse rei, que pede perdão, um sentimento novo para o homem que tem tudo: insegurança, ciúme...
Com esse amor que é construído a base das diferenças, a certeza de um futuro, a descoberta de sua humanidade, o rei vencido não por um exercito, mas por uma jovem, que lhe ensina a amar outra vez...

Sua entrega,  sua rendição, não é feita com dor,  mas com a esperança da felicidade que se encontra no sim dela.
O que me comove e emociona nesse rei, é sua delicadeza ao fitar Maria Cesaria, na sua ternura ao beijar sua mão,no carinho ao abraça-la, no toque gentil e amoroso ao acariciar seu rosto...
O que me emociona nesse homem é sua capacidade de aprender com seus erros, de se permitir ter medos e dúvidas, de não controlar seus sentimentos de amor...

O que me apaixona em Augusto, é a certeza de que pode vencer os obstáculos, da sua vontade de gritar para o mundo que ama essa mulher...

O que amo nesse personagem é a sua rendição á mulher amada, é seu querer estar sempre junto, é sua fragilidade quando sente seu amor retribuído, sua humildade em  reconhecer seus erros, sua teimosia em não desistir, seu sorriso, suas lágrimas, seu desejo, seu abrir-se ao amor, seus equívocos, seus valores, seus defeitos... Sua humanidade...