E m uma linda tarde de sol, em meio a um bosque encantado, vinha rastejando pela relva, uma inocente cobrinha... uma cobrinha solitária em sua peçonha, que buscava apenas uma companhia para tornar seus dias mais felizes, uma amiguinha para partilhar seu veneno...
Seguia seu caminho sinuoso, calmamente, quando quis o destino que uma surpresa lhe surgisse, e eis que do nada surge alguém capaz de por fim a sua solidão, alguém que por seus atributos bem poderia ser uma parente sua.
A serpentinha logo se animou: Oba uma amiguinha. Pensou ela e se aproxima da tal criatura de cabelos vermelhos para travar contato.
Como boa serpente que é faz a única coisa que sabe fazer ( por viver a muito tempo sozinha, nossa heroína não tem muito traquejo social, como era de se esperar) e num sinal de boas vindas á nova companheira, provável parente pica a recém chegada...
Pobre cobrinha iludida no seu afã de fazer amizade, não levou em consideração os riscos que corria ao se aproximar daquela criatura, nem pensou que o veneno da outra poderia ser muito mais potente que o seu...
Em contato com a peçonha da criatura de cabelos vermelhos, a inocente cobrinha conheceu seu fim...
Ah inocente serpentinha em seu último suspiro ainda pensou:
_ eu so queria uma amiguinha...
Vá em paz serpentinha... Vá ao encontro da luz.